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MINIBIO 

Mirta nasceu em Montevideo, Uruguay (1952), vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil. Psicanalista de formação e prática clínica desde 1973, iniciou seus estudos em 1990 com aquarela, seguindo para o desenho e a pintura no Parque Lage, onde atualmente estuda. Transitando por figurações, abstrações, linhas, formas e massas, as livres experimentações pictóricas de MIRTA são conduzidas por marcas infantis e memórias afetivas que encontram eco no presente.  Sua pesquisa se orienta a partir de suas questões pessoais e estudos referentes à natureza humana, particularmente as Segregações entre os povos e os indivíduos que cada vez mais comparece em nosso contemporâneo. Em 2020, durante a pandemia, teve suas obras projetadas sobre empenas de edifícios no contexto do QG Festival, no Rio de Janeiro e em Fortaleza. Em 2021, participou de Seminários de Arte e Psicanálise, marcando seu percurso de psicanalista e artista na Escola Brasileira de Psicanálise-Seção Rio. Em 2022, participou da exposição coletiva QUARTETA – mulheres que pintam, no Estúdio Ipê – RJ e, no ano seguinte, em 2023 realizou sua primeira exposição individual, a.m.o.r, no Instituto Cervantes no Rio de Janeiro, com apoio do Consulado do Uruguai no Rio de Janeiro.  Em 2024 participa da coletiva Afetos Insurgentes, no Centro Cultural dos Correios no Rio de Janeiro e da Bela Bienal 2023 Arte, Vida e Sustentabilidade na galeria Gloria Maria – Parque das Ruinas – RJ. Em março de 2024 faz parte da coletiva, Uruguay, Cultura y Arte, no Memorial da América Latina – SP. Em abril e maio de 2024 também participa do AVA Art. Festival em Varkaus – Finlândia e Osaka – Japão.

STATEMENT 

Meu trabalho nas artes visuais está relacionado a um percurso profissional e principalmente pessoal na psicanálise. Uma infância de violência e abusos me levou a interrogações a respeito das diferenças individuais e sociais, e das injustiças e segregações que daí decorrem. Em ambos os campos, pesquiso as fantasias, invenções e as soluções singulares que permitem suportar a angústia de existir.

Produzo minhas pinturas como um processo de experimentação, sem projeto prévio. A partir de um traço, um desenho, um esboço, crio minhas cenas. A necessidade de sobrepor camadas de tinta e massa se revela imperativa, assim como o uso das cores como expressão dos afetos. Diferentes técnicas, materiais e texturas se combinam trazendo marcas de uma gestualidade que construí ao longo da minha história.

Os trabalhos manuais como costura, tricô, crochê compareceram desde a mais tenra infância como um tecido possível de sustentar e elaborar os dilemas da vida e orientaram minha relação com o corpo: os adornos, contornos e adereços que ornam o sujeito e constituem uma identidade. Não por acaso essa materialidade persiste em minha obra atual.

É recorrente meu interesse pela figura humana: perfis, contornos, partes do corpo, corpos sem cabeça e cabeças sem corpos expressam a singularidade da vida psíquica, dos pensamentos, das relações humanas e das distintas formas de amar. Um certo grau de indeterminação, desordem e estranheza está sempre presente em meu trabalho, transmitindo a dimensão caótica da vida, sua falta de sentido e, consequentemente, as infinitas possibilidades de criação e invenção.

 

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